Visita ao porão…

Até Santos Dumont provar que era possível, voar era algo fantasioso. Se voltássemos no tempo, e mostrássemos nossas imensas aeronaves, afirmando que elas não só poderiam voar como também se tornariam o meio de transporte mais seguro que existe, seríamos taxados como loucos.

Coube a Santos Dumont a difícil tarefa de acreditar enquanto todos duvidavam. E essa é a história dos grandes feitos de sucesso: a disposição de acreditar sozinho, quando todos simplesmente já desistiram. Thomas Edison, Albert Einstein e dezenas de outros realizaram grandes feitos porque resolveram acreditar em seus sonhos… Foi assim também com o advento do computador, da internet, do telefone, do rádio…

Mas eu  me pergunto: quantos nomes e quantas outros sonhos não poderiam fazer parte desta lista, mas foram abandonados? Nunca saberemos. Mas uma coisa é certa: alguns desistiram… Alguns ouviram vozes que diziam não ser possível e por isso, deixaram em seu porão a possibilidade de realizar feitos que entrariam para nossa história.

Assim são os sonhos: a maior parte das pessoas optam por guardá-los no armário de casa. Do armário vão para a garagem, da garagem para o porão, e lá são esquecidos e definitivamente abandonados. Essas pessoas farão uma visita ao porão em algum momento da vida: talvez um momento em que pareça ser tarde demais para recuperar os sonhos que lá se encontram e trazê-los de volta, e então encontrarão mais um motivo para não realizá-los: “agora estou velho demais para isso”. Mais uma desculpa como as tantas outras que foram aparecendo ao longo da vida para justificar a inanição.

Quando visitamos o nosso porão, podemos aproveitar para dialogar com nós mesmos. Um diálogo que acontece mais ou menos assim:

– Por que você guardou estes sonhos aqui?
– Porque deixei para realizá-los depois.
– Por que não os realizou naquele momento?
– Porque eu era o único que acreditava, e ninguém me apoiava. Era difícil ir adiante sozinho.
– E por que não realizou depois?
– Meu dia-a-dia fez eu esquecer de meus sonhos. Além disso não havia ninguém que me apoiasse.
– Quem eram as pessoas que não te apoiavam?
– Quase todas me mostraram que não era possível.
– E onde estão essas pessoas agora?
– Não sei onde estão todas. Algumas têm sucesso, outras não.
– Todas estão preocupadas com você agora, por você não ter realizado o que mais queria?
– Não… Poucas são as que ainda tenho contato.
– Mas você desisitiu de seus sonhos por causa delas, não é?
– Sim…
– E agora? O que você vai fazer? Trancar o porão e deixar tudo como está, ou levará estes “sonhos” para cima e descobrir que lá espera a única pessoa que sempre  irá te apoiar incondicionalmente daqui em diante?
– Sério? Tem alguem lá em cima que irá me apoiar?
– Bem, essa pessoa ainda não está lá… Mas poderá estará lá assim que você subir as escadas… Se você decidir levar esses sonhos, econtrará lá em cima a única pessoa capaz de realizá-los: VOCÊ MESMO !

Antes de mandar os sonhos para o porão, lembre-se sempre que concentrar em si mesmo todas suas energias é essencial para nunca desistir, afinal águias voam sozinhas, corvos voam em bandos…

O maior erro que podemos cometer é acreditar que outras pessoas podem ser responsáveis pelo nosso fracasso ou nosso sucesso. Acreditar em si mesmo é essencial para realizar os grandes feitos da sua vida. Mas você precisa, antes de mais nada, persuadir a si mesmo a acreditar plenamente nisso.

Quando você tiver esta certeza, visite o seu porão e saia de lá com todos os seus sonhos, pronto para realizá-los, afinal não importa qual sua idade, você ainda é jovem demais para desistir.

Por: Maurício Louzada


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